quinta-feira, 5 de junho de 2008

Alguns Conceitos de Aprendizagem

Habilidade como acto ou tarefa

Ações ou tarefas motoras (que requerem movimento) e devem ser apreendidas para serem
executadas corretamente (lançar, arremessar, etc.).


Capacidade

Fleishman (1972): qualidade geral do indivíduo relacionada com a execução de uma
variedade de habilidades ou tarefas. Capacidade e um trazo geral ou qualidade de um
indivíduo relacionada com o desempenho de uma variedade de habilidades motoras, tais
como força, velocidade, tempo de reacção, flexibilidade, equilibrio, etc.
Capacidades motoras globais

Qualidades caracterizadas por envolver a grande musculatura do corpo como base principal
do movimento. Precisão não é o mais importante embora coordenação seja essencial ao
movimento (ex. Habilidades motoras fundamentais: correr, lançar, saltar, etc.

Capacides motoras finas

Qualidades caracterizadas por envolver e controlar musculatura pequena do corpo a fim de
garantir execução bem sucedida e elevada em termos de precisão. Habilidades motoras
finais requerem geralmente o envolvimento da coordenação óculo-manual. Ex. Escrever,
tocar piano, trabalhar em relógios, etc.

Padrão de movimento

-Grupo amplo ou séries de atos motores desempenhados com graus menores de
habilidade que são dirigidos a alguma meta externa. Ex. Arremesso com a mão acima da
cabeça.
- Para Gallahue o padrão de movimento envolve elementos básicos de uma certa
habilidade motora. ( correr, arremessar, lançar).
- Ação motora completa com utilização da musculatura grande do corpo.
- Movimentos que constituem a estrutura básica de certas habilidades motoras
especificas.
- Componentes básicos do movimento que podem ser generalizados para as
necessidades especificas de uma habilidade motora em particular. Ex. chutar a gol, em
queda livre, em movimento ou no chão, uma bola redonda, oval, pequena, grande, etc.

Padrão Motor

Equivale a um Padrão de Movimento. Depende das capacidades motoras globais. Ação motora
de menor precisão e maior disponibilidade na sua adaptação a várias situações. Movimento
global que confere versatilidade ao indivíduo. Ex. Lançar (no handebol, no basquete, o dardo,
etc.) Se preocupa mais com o comportamento global do indivíduo.

Aprendizagem Motora

Aprendizagem Motora

Mudança interna no domínio motor do indivíduo, deduzida de uma melhoria relativamente
permanente em seu desempenho, como resultado da prática.
No contexto educativo se promove no conjunto de atividades globais da criança.
No contexto esportivo-competitivo estuda e aprimora a aquisição de desempenho ou performance técnico de habilidades motoras isoladas.
Habilidades motoras uma vez aprendidas podem ser influenciadas por fatores psicológicos, fisiológicos ou ambientais (Magill).

A importância do desenvolvimento motor no movimento


Importância do desenvolvimento motor no movimento


-Somente o desenvolvimento perceptivo-motor correto garantirá a criança uma
concepção mais ajustada sobre o mundo externo que a rodeia.
-Dificuldades de aprendizagem simbólica (representação do mundo de forma verbal,
escrita e teleológica), refletem uma deficiente integração das noções espaço e tempo
que são fundamentais para a organização do sistema sensório-motor da criança.
-Qualquer aprendizagem escolar, quer se trate de leitura, escrita ou de cálculo (lógicomatématica)
é, fundamentelmente, um processo de relação perceptivo-motora.
-A garantia de um pleno desenvolvimento preceptivo motor por parte da criança, oferecerá
condições para favorecer o amadurecimento e depuramento de suas estruturas
cognitivas. É pelo comportamento perceptivo-motor que a criança aprende o mundo do qual faz parte e se pode integrar.

Em que se divide a Biomecânica

BIOMECÂNICA
É a base da função músculo-esquelética.
Os músculos produzem força que age através do sistema de alavancas ósseas.
O sistema ósseo ou move-se, ou age estaticamente contra uma resistência.
Caso uma carga seja aplicada ao sistema de alavancas, os músculos reagirão para controlar a carga.
Estática - Repouso - Movimento Uniforme
Dinâmica - Acelerando - Desacelerando


CINEMÁTICA

É a ciência relacionada com a descrição das posições e os movimentos do corpo no espaço, e permite uma descrição exata destas diversas posições corporais.

Subdivide-se em:

I - ARTROCINEMÁTICA

Está relacionada aos movimentos das superfícies articulares em relação à direção do movimento da extremidade distal do osso (OSTEOCINEMÁTICA).
Os movimentos entre as superfícies articulares são classificadas em 3 tipos. São eles:

Deslizamento / Translação

Ocorre quando um ponto de uma superfície em movimento entra em contato com novos pontos sobre a outra superfície.


Rolamento / Angular

Ocorre quando novos pontos em uma superfície entram em contato com os novos pontos de uma segunda superfície.


Rotação

É uma rotação ao redor de um eixo mecânico estacionário, longitudinal do próprio osso.


II- OSTEOCINEMÁTICA

É o estudo dos movimentos do osso.
Os movimentos do osso são classificados em 2 tipos. São eles:


Rotação - É descrita como um simples giro ao redor de um eixo mecânico. Esta pode ser no sentido horário ou anti-horário e não é acompanhada por qualquer outro tipo de movimento. Uma rotação pura pode ocorrer somente na cabeça do fêmur, úmero e rádio.

Balanço -É qualquer outro movimento que não segue rotação pura. É subdividido em:


Puro ou Cardinal - No balanço puro ou cardinal, o movimento não é simultâneo à rotação e consequentemente, o movimento cruza a menor rota entre dois pontos.

Impuro ou Arqueado - No balanço impuro ou arqueado, a rotação ocorre simultaneamente e consequentemente a distância entre dois pontos é maior do que no balanço puro.

Sistema Linfático


O Sistema Linfático


Sistema paralelo ao circulatório, constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sangüíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sangüínea.
É constituído pela linfa, vasos e órgãos linfáticos.
Os capilares linfáticos estão presentes em quase todos os tecidos do corpo. Capilares mais finos vão se unindo em vasos linfáticos maiores, que terminam em dois grandes dutos principais: o duto torácico (recebe a linfa procedente da parte inferior do corpo, do lado esquerdo da cabeça, do braço esquerdo e de partes do tórax) e o duto linfático (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de parte do tórax), que desembocam em veias próximas ao coração.
Linfa: líquido que circula pelos vasos linfáticos. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos.


Órgãos linfáticos: amígdalas (tonsilas), adenóides, baço, linfonodos ( nódulos linfáticos) e timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos).
Amígdalas (tonsilas palatinas): produzem linfócitos.
Timo: órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade.

Linfonodos ou nódulos linfáticos: órgãos linfáticos mais numerosos do organismo, cuja função é a de filtrar a linfa e eliminar corpos estranhos que ela possa conter, como vírus e bactérias. Nele ocorrem linfócitos, macrófagos e plasmócitos. A proliferação dessas células provocada pela presença de bactérias ou substâncias/organismos estranhos determina o aumento do tamanho dos gânglios, que se tornam dolorosos, formando a íngua.
Baço: órgão linfático, excluído da circulação linfática, interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecido, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.

Origem dos linfócitos: medula óssea (tecido conjuntivo reticular mielóide: precursor de todos os elementos figurados do sangue).
Linfócitos T – maturam-se no timo.
Linfócitos B – saem da medula já maduros.
Os linfócitos chegam aos órgãos linfáticos periféricos através do sangue e da linfa

Sistema Cirulatório


O Sistema Circulatório


Do sistema circulatório fazem parte o coração que é o órgão central, as artérias, arteríolas e capilares que levam o sangue enriquecido em O2 aos tecidos e as veias que transportam o sangue com CO2, produto das trocas gasosas nos tecidos, até ao coração, que por sua vez o remete para os pulmões. O coração é constituído pelo miocárdio, que tem a particularidade de autogerar impulsos nervosos de uma maneira rítmica, conferindo-lhe a capacidade de se contrair e relaxar de acordo com a frequência determinada por esses impulsos. É este ritmo que captamos através da frequência cardíaca que, usualmente, se situa em repouso entre as 60 e 80 pulsações por minuto.
O sangue desempenha três funções essenciais: transportar oxigénio, distribuir os alimentos e remover o dióxido de carbono e outros detritos eliminados pelas células.
Em 1900, um biologista alemão, Karl Landsteiner, anunciou a descoberta dos chamados grupos sanguíneos - A, B, AB ou O. Além disso, descobriu também a existência de uma substância nos glóbulos vermelhos, factor Rh (as pessoas que possuem essa substância são Rh positivas e as que não possuem são Rh negativas). Isto faz com que o conjunto dos diversos grupos sanguíneos que hoje se podem identificar à superfície dos glóbulos vermelhos de uma pessoa a tornem perfeitamente individualizável e distinta de qualquer outra.
Vasos sanguíneos : existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares. Artérias: a sua função é levar o sangue desde o coração até os tecidos. Três capas formam as suas paredes, a externa ou adventícia de tecido conjuntivo; a capa media de fibras musculares lisas, e a interna ou íntima formada por tecidos conectivos, e por dentro dela se encontra uma capa muito delgada de células que constituem o endotélio. Veias: devolvem o sangue dos tecidos ao coração. À semelhança das artérias, as suas paredes são formadas por três capas, diferenciando-se das anteriores somente por sua menor espessura, sobretudo ao diminuir a capa media. As veias têm válvulas que fazem com que o sangue circule desde a periferia rumo ao coração ou seja, que levam a circulação centrípeta. Capilares: são vasos microscópicos situados nos tecidos, que servem de conexão entre as veias e as artérias; sua função mais importante é o intercâmbio de materiais nutritivos, gases e desperdícios entre o sangue e os tecidos. As suas paredes compõem-se de uma só capa celular, o endotélio, que se prolonga com o mesmo tecido das veias e artérias em seus extremos. O sangue não se põe em contacto directo com as células do organismo, se bem que estas são rodeadas por um líquido intersticial que as recobre; as substâncias se difundem, desde o sangue pela parede de um capilar, por meio de poros que contém os mesmos e atravessa o espaço ocupado por líquido intersticial para chegar às células. As artérias antes de se transformarem em capilares são um pouco menores e chamam-se arteríolas, e o capilar quando passa a ser veia novamente tem uma passagem intermediária nas que são veias menores chamadas vénulas; os esfíncteres pré-capilares ramificam os canais principais, abrem ou fecham outras partes do leito capital para satisfazer as variadas necessidades do tecido. Dessa maneira, os esfíncteres e o músculo liso de veias e artérias regulam o fornecimento do sangue aos órgãos.

O que é a Biomecânica


Biomecânica


A biomecânica define-se como “a aplicação dos princípios da mecânica ao estudo dos sistemas biológicos”. Ou seja, o estudo dos sistemas biológicos baseado nos critérios, leis e princípios da mecânica. Hay (1978), descreve a Biomecânica como sendo a ciência que estuda as forças internas e externas que actuam no corpo humano e, os efeitos produzidos por essas forças.


O estudo da biomecânica do movimento humano aborda os seguintes conteúdos:
- descrição do movimento de uma partícula — cinemática linear e angular
- definição de força e o seu papel no movimento humano — cinética linear e angular;
- demonstração de técnicas biomecânicas utilizadas na análise do movimento.
A descrição do movimento humano - a cinemática
O estudo do movimento, permitiu defini-lo como um conjunto de interacções biológicas e mecânicas bastante complexas. Este estudo parte principalmente de perspectivas e princípios neurofisiológicos e biomecânicos - abordagem neuromecânica (Enoka, 2002).
A descrição pormenorizada e precisa do movimento humano tem necessariamente que utilizar os termos posição, velocidade e aceleração. A esta descrição da forma, padrão ou sequência do movimento, tendo em conta o tempo e o espaço, chamamos Cinemática. Este conceito engloba duas vertentes: a cinemática linear e a cinemática angular. A primeira vertente é utilizada para descrever os movimentos onde todas as partes do objecto sofrem um deslocamento igual (distância, direcção e tempo) — movimentos de translação. O movimento angular acontece quando as diferentes partes do objecto não experienciam o mesmo deslocamento, ocorrendo um rotação.
As técnicas desportivas combinam, na maior parte das vezes, estes dois tipos de movimento (linear e angular).

terça-feira, 3 de junho de 2008

Desenvolvimento Motor



O estudo do desenvolvimento motor pretende basicamente descrever e explicar as modificações observáveis no comportamento motor humano ao longo da vida. Um objectivo tão abrangente recorre necessariamente a contributos de diferentes áreas do conhecimento, especialmente as tradicionalmente ligadas ao estudo da evolução de organismos vivos, numa perspectiva biológica, ou as que se preocupam com o estudo dos comportamentos humanos considerados quer individual quer socialmente.
O processo de desenvolvimento tem início na fusão de um óvulo e de um espermatozóide e decorre sob um controlo genético de enorme precisão. Em ambiente intra-uterino o novo ser desenvolve-se a um ritmo vertiginoso aumentando entre a 4ª e a 40ª semanas qualquer coisa como 130 vezes para o comprimento e 8000 vezes para o peso. Á nascença apresenta, contudo, pouco mais do que 50 cm de comprimento e 3 Kg de peso. O desenvolvimento intra-uterino não é apenas decisivo no que diz respeito ao crescimento físico; também a motricidade passou por diversas e complexas transformações até atingir, no momento do nascimento, uma sofisticação considerável em termos de capacidade adaptativa e, sobretudo, de potencialidade para o desenvolvimento.
Se nos primeiros tempos os cuidados maternos são decisivos, essa responsabilidade de estimulação incorpora, com o tempo, outros e novos agentes alargando as fontes de interferência no desenvolvimento. Essas interacções incluem aspectos fundamentais como a nutrição, a organização de hábitos, a modelação de comportamentos por intervenção educativa ou tão somente por imitação. Lentamente o organismo torna-se apto para a realização de movimentos de considerável complexidade.
Por volta dos dois anos de vida é já visível um repertório motor rudimentar que inclui as formas essenciais de movimentos e habilidades necessários à maioria das tarefas do quotidiano. Praticamente todas as unidades fundamentais de comportamento motor do adulto são observáveis no final da primeira infância, desde as mais exigentes em termos de precisão e minúcia de movimento, como as de preensão, até às habilidades globais orientadas para a locomoção, a organização postural, ou a manipulação de objectos presentes na maioria dos jogos infantis.
Paralelamente a criança torna-se mais resistente, mais forte, mais coordenada, possibilitando uma modificação quantitativa das actividades físicas com reflexos na natureza das brincadeiras preferidas e, sobretudo na manifestação de uma tendência para a especialização-individualização do seu comportamento. Esta fase de transição corresponde, grosso modo, ao período do salto pubertário durante o qual vão ocorrer profundas transformações hormonais e morfológicas, mas também motoras e comportamentais. É na adolescência que, geralmente, tem lugar uma mais profunda especialização, restringindo e simultaneamente aperfeiçoando as opções motoras individuais. O crescimento prolngar-se-á até à idade adulta e a busca de uma maior eficiência corporal continua por muitos anos mais. Inevitavelmente, o ciclo da vida obrigará a uma progressiva redução da possibilidades corporais, acompanhada de alterações estruturais e funcionais de intensidade e extensão variáveis. É tarefa do estudo do desenvolvimento motor humano a descoberta de linhas de ordem na casualidade aparente do desenvolvimento e a compreensão dos mecanismos explicativos de organização desse processo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ossos, articulaçoes e músculos


Ossos, articulações e músculos

O osso é um tecido corporal que muda constantemente e que desempenha várias funções. O esqueleto é o conjunto de todos os ossos. O sistema musculoesquelético é formado pelo esqueleto, músculos, tendões, ligamentos e outros componentes das articulações. O esqueleto dá resistência e estabilidade ao corpo e é uma estrutura de apoio para que os músculos trabalhem e criem o movimento. Os ossos também servem de escudo para proteger os órgãos internos.
Os ossos têm duas formas principais: plana (como os ossos chatos do crânio e das vértebras) e comprida (como o fémur e os ossos do braço). Contudo, a sua estrutura interna é essencialmente a mesma. A parte rígida externa é composta, na sua maioria, por proteínas como o colagénio e por uma substância denominada hidroxiapatite, constituída por cálcio e outros minerais. Esta substância armazena parte do cálcio do organismo e é, em grande medida, a responsável pela resistência dos ossos. A medula é uma substância mole e menos densa que o resto do osso. Está alojada no centro do osso e contém células especializadas na produção de células sanguíneas. Os vasos sanguíneos passam pelo interior dos ossos, enquanto os nervos os circundam.
As articulações são o ponto de união de um ou mais ossos e a sua configuração determina o grau e a direcção do possível movimento. Algumas articulações não têm movimento nos adultos, como as suturas que se encontram entre os ossos planos do crânio. Outras, contudo, permitem um certo grau de mobilidade. É o caso da articulação do ombro, uma junta articulada esférica que permite a rotação interna e externa do braço e os movimentos para a frente, para trás e para os lados. Em contrapartida, as articulações de tipo dobradiça dos cotovelos, dos dedos da mão e do pé permitem apenas dobrar (flexão) e estender (extensão).
Outros componentes das articulações servem de estabilizadores e diminuem o risco de lesões que possam resultar do uso constante. As extremidades ósseas da articulação estão cobertas por cartilagem, um tecido liso, resistente e protector que amortece e diminui a fricção. As articulações também estão providas de um revestimento (membrana sinovial) que, por sua vez, forma a cápsula articular. As células do tecido sinovial produzem um líquido lubrificante (líquido sinovial) que enche a cápsula, contribuindo para diminuir a fricção e facilitar o movimento.
Os músculos são compostos por fibras que têm a propriedade de se contrair. Os músculos esqueléticos, que são os responsáveis pela postura e pelo movimento, estão ligados aos ossos e dispostos em grupos opostos em volta das articulações. É o caso dos músculos que dobram o cotovelo (bicípete), que são equilibrados pelos músculos que os estendem (tricípete).Os tendões são cordões resistentes de tecido conjuntivo que inserem cada extremidade do músculo ao osso. Os ligamentos são compostos de um tecido semelhante, rodeiam as articulações e unem os ossos entre si. Os ligamentos contribuem para reforçar e estabilizar as articulações, permitindo os movimentos só em certas direcções. As bolsas são cápsulas cheias de líquido que proporcionam um amortecimento adicional entre estruturas adjacentes que, de outro modo, roçariam entre si, ocasionando o desgaste, por exemplo, entre um osso e um ligamento.
Os componentes de uma articulação trabalham conjuntamente para facilitar um movimento equilibrado e que não provoque lesões. Por exemplo, quando se dobra o joelho para dar um passo, os músculos poplíteos, na parte posterior da coxa, contraem-se e encurtam-se recolhendo a parte inferior da perna e flectindo o joelho. Ao mesmo tempo, relaxam-se os músculos do quadricípete da parte anterior da coxa permitindo a flexão do joelho. A cartilagem e o líquido sinovial reduzem a fricção ao mínimo dentro da articulação do joelho. Cinco ligamentos em volta da articulação ajudam a manter os ossos devidamente alinhados. As bolsas servem de amortecedores entre estruturas como a tíbia e o tendão da rótula.

Genética


Noções básicas sobre genética e transmissão de genes ( Heritariedade )


O núcleo de cada uma das células do organismo contém o denominado material genético, isto é, as espirais de ADN (ácido desoxirribonucleico) dispostas de forma complexa para formar os cromossomas. As células humanas contêm 23 pares de cromossomas (46 no total), incluindo um par de cromossomas sexuais.
A molécula de ADN é uma hélice dupla e comprida, semelhante a uma escada em caracol. Os elos desta cadeia, que determinam o código genético de cada indivíduo, compõem-se de pares de quatro tipos de moléculas denominadas bases (adenina, timina, guanina e citosina). A adenina faz par com a timina e a guanina com a citosina. O código genético está escrito em tripletes, de modo que cada grupo de três elos da cadeia codifica a produção de um dos aminoácidos, os quais são as componentes que constituirão as proteínas.
A hélice do ADN abre-se longitudinalmente quando uma parte desta molécula controla activamente alguma função da célula. Um ramo da hélice aberta fica inactivo enquanto o outro actua como modelo para formar um ramo complementar de ARN (ácido ribonucleico). As bases do ARN ordenam-se na mesma sequência que as bases do ramo inactivo do ADN, com a diferença de que o ARN, em vez de timina, contém uma base denominada uracilo. A cópia do ARN, chamada ARN mensageiro (ARNm), separa-se do ADN, abandona o núcleo, passa ao citoplasma da célula e une-se aos ribossomas, onde tem lugar a biossíntese das proteínas. O ARNm transmite ao ribossoma a informação sobre a sequência de aminoácidos de que necessita para construir uma proteína específica e o ARN transportador (ARNt), um tipo de ARN muito mais pequeno, conduz os aminoácidos ao ribossoma. Cada molécula deste ARN transporta e incorpora um aminoácido à cadeia da proteína que se está a sintetizar.
Um gene contém a informação necessária para construir uma proteína. Os genes variam de tamanho segundo o tamanho da proteína e ordenam-se numa sequência específica nos cromossomas. Denomina-se locus a localização de cada gene em particular.
Os dois cromossomas sexuais determinam o sexo do feto. O homem tem um cromossoma sexual X e um Y; a mulher tem dois cromossomas X, dos quais só um deles é activo. O cromossoma Y contém relativamente poucos genes, mas um deles determina o sexo. Nos homens expressam-se quase todos os genes do cromossoma X, quer sejam dominantes ou recessivos. Os genes do cromossoma X denominam-se genes ligados ao sexo ou ao cromossoma X.

O que é a Anatomia e a Fisiologia ?


Anatomia


A biologia é a ciência que estuda os seres vivos e inclui a anatomia e a fisiologia.

A anatomia estuda as estruturas do organismo e a fisiologia estuda as suas funções.
Uma vez que a estrutura dos seres vivos é muito complexa, a anatomia abrange desde as componentes mais pequenas das células até aos órgãos maiores, assim como a relação destes com os outros órgãos. A anatomia geral estuda os órgãos tal como aparecem durante uma inspecção visual ou uma dissecação. Por outro lado, a anatomia celular estuda as células e as suas componentes através do uso de aparelhos específicos como os microscópios; também utiliza outras técnicas especiais para a sua observação.